A reunião ocorrida nesta quinta-feira (26) entre a líder do governo de Hong Kong, Carrie Lam, e manifestantes de oposição foi marcada por ânimos exaltados e não resultou em um plano de ação para atender às demandas dos cidadãos e amenizar os protestos violentos na região.
Segundo analistas, Lam demonstrou humildade e abertura ao diálogo, mas não propôs medidas concretas para reduzir as tensões. "Ela aguentou mais de duas horas de humilhação e mostrou intenção de ouvir opiniões radicalmente diferentes", avalia o professor adjunto da Universidade Chinesa de Hong Kong, Willy Lam. "Ela tem coragem de encarar a oposição, mas isto ainda não é suficiente".
O único comprometimento de Lam foi a promessa de retirar completamente o projeto de lei de extradição que foi o estopim para a onda de manifestações violentas em junho. A chefe do governo resistiu aos clamores por investigações sobre brutalidade policial contra manifestantes e se esquivou de pedidos por eleições diretas em Hong Kong.
Para o membro do Instituto para Segurança e Políticas de Desenvolvimento de Estocolmo, Phil Chan, o diálogo tinha o objetivo de evitar maior "ferocidade" nos próximos protestos, mas opositores não compram o discurso do governo. "Ela apenas repetiu o que já havia dito e não aceitou pontos de vista além do seu próprio", comentou Chan.
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