Trump disse ter “um relacionamento muito bom” tanto com Zelensky quanto com Putin e que conseguirá “algo que seja bom para ambos os lados” antes de 20 de janeiro| Foto: EFE/EPA/JUSTIN LANE
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O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se encontraram nesta sexta-feira (27) em Nova York, e o ex-presidente americano prometeu ao mandatário ucraniano que resolverá a guerra no leste europeu “muito rapidamente” se for eleito em novembro.

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“Temos um relacionamento muito bom, e eu também tenho um relacionamento muito bom, como você sabe, com o presidente [Vladimir] Putin [ditador da Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022]. E acho que se vencermos, vamos resolver isso muito rapidamente”, disse Trump a jornalistas antes de começar a reunião com Zelensky, segundo informações da emissora americana CNN.

Nesse momento, Zelensky respondeu: “Espero que haja mais boas relações entre nós [com a Ucrânia do que com a Rússia]”, disse o presidente ucraniano.

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Trump reiterou uma promessa que havia feito no debate com o presidente dos EUA, Joe Biden (então candidato à presidência – ele depois foi substituído por Kamala Harris), no final de junho: que resolverá o conflito antes mesmo de tomar posse em janeiro caso seja o vencedor da eleição americana.

“Se conseguirmos a vitória, antes de 20 de janeiro, antes de eu assumir a presidência, muito antes disso, acho que poderemos trabalhar em algo que seja bom para ambos os lados. Está na hora”, disse Trump.

O republicano tem sido um grande crítico da ajuda militar da gestão Biden à Ucrânia e de Zelensky, alegando que o ucraniano, que na quinta-feira (26) teve encontros com o presidente e com Kamala, se recusa a negociar.

“Acho que Zelensky é o maior vendedor da história. Toda vez que ele vem ao país [Estados Unidos], ele sai daqui com US$ 60 bilhões”, disse Trump, em um comício na Pensilvânia esta semana.

Putin impôs como exigências para a paz com a Ucrânia que Kiev aceite conceder mais território além do ocupado (ou seja, abrir mão da área integral de todas as quatro regiões invadidas pelas tropas russas, que não as controlam totalmente) e que os ucranianos desistam de aderir à OTAN. Já a Ucrânia condiciona iniciar conversas à saída das tropas russas do país.

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