A Justiça alemã condenou na sexta-feira à prisão perpétua uma enfermeira que matou cinco pacientes de um importante hospital de Berlim onde ela trabalhava.
"O Anjo da Morte", como a imprensa apelidou a enfermeira de 55 anos, injetou doses letais de medicamentos em pacientes do hospital Charite, de Berlim, entre junho de 2005 e outubro de 2006.
Divorciada e sem filhos, a mulher trabalhou durante dez anos no hospital. Ela confessou quatro dos homicídios. Durante o julgamento, ela qualificou as mortes de "erro absurdo", e disse que pensava agir em concordância com os desejos dos pacientes, todos eles em estado terminal. A enfermeira pediu o perdão aos parentes das vítimas.
O hospital analisou mais de 130 mortes desde que as suspeitas surgiram, em outubro. Os promotores, que a acusaram de seis homicídios e uma tentativa, disseram que ela "brincava de Deus com a vida e a morte".
A Alemanha já teve vários casos semelhantes. Em novembro, um enfermeiro de Sonthofen foi condenado à prisão perpétua por matar 28 pacientes. Em fevereiro de 2006, uma enfermeira de 27 anos pegou a mesma pena pela morte de nove pacientes num asilo perto de Bonn.