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Ditadura de Miguel Díaz-Canel

Enquanto ignora crise interna, regime cubano convoca manifestações em “solidariedade” aos palestinos

Miguel Díaz-Canel, ditador de Cuba: organizações pró-regime preparam grandes manifestações no país sobre conflito em Gaza (Foto: EFE/ Ernesto Mastrascusa)

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A ditadura de Cuba, liderada por Miguel Díaz-Canel, anunciou grandes manifestações em toda a ilha em "solidariedade" ao povo palestino e contra o suposto "genocídio" cometido por Israel, conforme acusavam as propagandas do regime nas ruas de Havana, nesta quinta-feira (29).

Mas, enquanto isso, dentro do próprio país, a população vive imersa em uma profunda crise generalizada, marcada pela escassez de alimentos, remédios, combustível e energia, problemas que são invisibilizados pela gestão do sucessor de Castro.

Os representantes dos comícios pró-regime informaram às agências de notícias da ilha que a mobilização foi motivada pela "urgência e gravidade" dos acontecimentos no Oriente Médio. Durante os eventos, as lideranças comunistas prometem dedicar um tempo específico para elencar críticas aos Estados Unidos, que estão envolvidos nas negociações de uma nova trégua no conflito Israel-Hamas.

De acordo com o portal Cubanet, as manifestações foram convocadas por organizações de massas falsamente apresentadas como sociedade civil por Havana. Os comícios acontecerão neste sábado (2) nas capitais provinciais e na "Tribuna Anti-imperialista José Martí", na capital. Os eventos serão organizados pela Federação das Mulheres Cubanas (FMC), União dos Jovens Comunistas (UJC), Federação dos Estudantes do Ensino Médio (FEEM) e Federação dos Estudantes Universitários (FEU).

Atualmente, Cuba enfrenta uma das mais duras crises de sua história: o país depende da importação de cerca de 80% dos alimentos que consome; a população vive sem medicamentos, além de serem atingidos pelos frequentes cortes de energia, uma inflação galopante e pela dolarização parcial da economia. Esses são alguns dos problemas provocados pelas políticas econômicas e monetárias adotadas pelo regime comunista de Miguel Díaz-Canel, nos últimos anos.

O regime comunista também anunciou nesta semana que aplicará a partir desta sexta (1º de março) um aumento maciço de mais de 400% nos preços de varejo dos combustíveis, que entraria em vigor no dia 1º de fevereiro, mas foi adiado após um ataque cibernético.

A ditadura de Canel, que encerrou o ano passado com uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de até 2% e um déficit fiscal equivalente a 19%, criou um "plano de choque" para 2024 a fim de "impulsionar" a economia cubana, no entanto o que se vê é uma crise cada vez mais agravada pelas medidas do regime.

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