Ao menos 12 soldados ucranianos morreram nas últimas 24 horas em combate com as milícias pró-Rússia no leste do país, de acordo com informações divulgadas neste domingo (8) pelo comando militar da Ucrânia.
O presidente Petro Poroshenko afirmou neste sábado (7), na Conferência de Segurança de Munique (sul da Alemanha), que quase 1.500 soldados das tropas ucranianas foram mortos desde abril do ano passado.
Outros 24 soldados ficaram feridos depois que as forças separatistas atacaram mais de cem vezes as posições de tropas do governo nas regiões de Donetsk e Lugansk.
Entre os combatentes pró-Rússia, o governo ucraniano informou que 70 rebeldes morreram e foram destruídos 14 tanques, assim como veículos blindados, plataformas de lançamento de mísseis e peças de artilharia.
As mortes aconteceram enquanto líderes do Ocidente negociam com Ucrânia e Rússia um plano de paz que dê fim ao conflito. Líderes dos dois países e também da França e da Alemanha se reunirão na quarta-feira (11) para tentar chegar um acordo.
Debaltsevo, na região de Donetsk, ainda está sendo evacuada, de acordo com agências de notícias. O local foi o epicentro dos mais sangrentos combates e bombardeios desde a semana passada.
O Conselho de Segurança Nacional e Defesa ucraniano informa que cerca de 360 pessoas nas últimas 24 horas foram retiradas das localidades divisórias a Debaltsevo, Avdeyevka (Donetsk) e Chernujino para a região vizinha de Lugansk.
Outras 766 pessoas, retiradas das mesmas regiões, já estão no local esta sexta-feira (6).
Boicote
Os rebeldes acusaram o governo de Kiev de boicotar a transferência de civis rumo à zona separatista.
Porém, a Organização sobre a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) afirmou que apenas 40 pessoas optaram voluntariamente em entrar no ônibus que partia para Donetsk, principal reduto pró-Rússia.
Os separatistas informaram neste domingo (8) que ao menos oito civis morreram nos bombardeios com armamento pesado contra as principais forças insurgentes de Donetsk e Gorlovka, entre outras.
