O seqüestro que resultou na morte de 331 pessoas em Beslan, em 2004, durou três dias:
1.º setembro Grupo armado invade escola, abre fogo contra a polícia e prende centenas de reféns num ginásio. Os seqüestradores ameaçam explodir o edifício em caso de invasão da polícia. Em dois grupos, 65 crianças conseguem fugir. A ameaça do comando era matar 50 crianças por integrante da quadrilha morto, ou 20 por ferido.
2 de set. A polícia diz que não vai invadir a escola, mas troca tiros com os seqüestradores. Um grupo de 26 mulheres e crianças é libertado.
3 de set. Mesmo sem alimentação, os seqüestradores exigem a independência da Chechênia. Depois de duas explosões fortes, mais um grupo de reféns escapa. Membros da quadrilha tentam fugir. A polícia invade a escola. Uma série de explosões e um intenso tiroteio eleva o total de mortos para 331. Cerca de 200 pessoas tiveram que ser hospitalizadas.
Causa chechena
O seqüestro teria sido deflagrado por defensores da independência da Chechênia. Conheça a história do conflito:
1991 A Chechênia declara independência da Rússia.
1994 Moscou envia tropas para restaurar sua autoridade na Chechênia.
1996 Guerra termina com humilhante derrota russa. Decisão sobre o status da Chechênia é adiada.
1997 Chechenos elegem como presidente Aslan Maskhadov, ex-oficial da artilharia soviética.
1999 Rússia lança nova ofensiva contra rebeldes chechenos, acusados de crimes em Moscou.
2003 O checheno pró-Moscou Akhmad Kadyrov vence eleição presidencial, depois de seus rivais se retirarem da disputa. Rebeldes continuam a reivindicar autonomia à região.