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Suposto adultério

Entenda o caso da condenada à morte por apedrejamento no Irã

O presidente Luiz Inácio da Silva fez um apelo ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pela vida de Sakineh Mohammadi Ashtiani, que foi condenada à morte por apedrejamento por supostamente cometer adultério.

Segundo a Anistia Internacional, a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani foi condenada em maio de 2006 de ter mantido uma "relação ilegal" com dois homens. Ela recebeu a sentença de 99 chicotadas por essa condenação, e a pena foi cumprida.

Mãe de dois filhos, a mulher de 43 anos acabou sendo julgada novamente pouco tempo depois e recebeu uma segunda condenação, dessa vez por adultério. Ela foi sentenciada à morte por apedrejamento. No julgamento, Ashtiani negou ter cometido adultério.

A decisão da Justiça iraniana gerou protestos formais em muitos países e organizações internacionais, fazendo surgir campanhas globais para que sua pena fosse revogada.

No início de julho deste ano, autoridades iranianas chegaram a anunciar que Ashtiani não seria morta por apedrejamento, e que a pena seria revista, mas a informação não chegou a ser confirmada oficialmente, e os advogados dela disseram não ter nenhuma garantia da mudança na pena.

A organização internacional de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch foi uma das que lideraram um apelo para que o governo do Irã cancelasse a execução de Sakineh. A campanha contou com o apoio de celebridades como os atores Colin Firth, Emma Thompson, Robert Redford e Juliette Binoche e a estilista Katherine Hammett.

O Irã foi o segundo país que mais executou condenados à morte em 2009. Dados oficiais dizem que 388 pessoas foram executadas por ordem da Justiça no país.

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