A Universidade de Harvard decidiu processar o governo dos EUA por conta da medida (MADDIE MEYER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP)| Foto: AFP
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Nesta sexta-feira (10), íderes de 12 organizações cristãs pediram à gestão de Donald Trump que revogue política que tem como objetivo deportar estudantes estrangeiros que estão matriculados em instituições de ensino superior que vão manter aulas somente na modalidade de Ensino a Distância (EAD) no segundo semestre de 2020, devido à pandemia do coronavírus. O país já registrou cerca de 3,2 milhões de infectados pela doença.

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A medida foi anunciada pelo governo dos Estados Unidos na segunda-feira (6). A  alternativa para que os estudantes permaneçam em território norte-americano é transferir a matrícula para faculdades que ministrarão aulas presenciais. A determinação atinge estrangeiros que possuem os chamados vistos F-1 e M-1.

Em carta enviada ao secretário interino de Segurança Interna dos EUA, Chad Wolf, e compartilhada com a agência de notícias Associated Press, os líderes escrevem que a medida "rouba" dos EUA a contribuição significativa que alunos internacionais trazem às universidades do país, tanto pessoal quanto economicamente. Para eles, a política definida por Trump é uma prática sem compaixão e que viola princípios da fé cristã.

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Entre os signatários da carta estão o presidente da Associação Nacional de Evangélicos, Walter Kim; a presidente do Conselho de Faculdades e Universidades Cristãs, Shirley Hoogstra; e Russell Moore, presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul.

Reação

A Universidade de Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) decidiram processar o governo dos Estados Unidos após o anúncio da Casa Branca na segunda-feira (6).

“A ordem [do governo] veio sem aviso — sua crueldade ultrapassada apenas por sua imprudência”, afirmou Lawrence Bacow, reitor em Harvard. “Parece que foi criada propositalmente para pressionar as faculdades e universidades a abrirem seus campus para aulas presenciais, sem considerar preocupações com a saúde e segurança de alunos, professores e outros”.