Cinco grupos de direitos humanos apelaram nesta segunda-feira (10) a governos europeus para que aceitem prisioneiros de Guantánamo que não podem ser mandados de volta a suas casas por temor de perseguição, enquanto um sexto grupo pediu ao presidente eleito dos EUA, Barack Obama, para assinar um decreto fechando o campo de prisioneiros no dia em que tomar posse.
Os esforços globais visam pressionar Obama a fechar o campo de prisioneiros de Guantánamo e interromper os tribunais especiais que julgam estrangeiros suspeitos de terrorismo fora da cortes regulares.
"Presidente eleito Obama, com um golpe da sua caneta presidencial, no primeiro dia de sua administração, você pode assegurar que nosso governo será fiel à Constituição e aos princípios sob os quais a América foi fundada", disse a União Americana de Liberdades Civis em anúncio de página inteira no New York Times.
"Nos devolva a América na qual acreditamos", pediu a entidade a Obama, que toma posse no dia 20 de janeiro de 2009.
O campo de prisioneiros na base naval norte-americana na baía de Guantánamo, em Cuba, é amplamente visto como uma mancha na questão dos direitos humanos nos Estados Unidos. Mais de 750 prisioneiros de vários países foram levados para lá desde 2002, suspeitos de ligação com a al Qaeda e grupos associados após os ataques de 11 de setembro de 2001.
Cerca de 255 homens continuam presos em Guantánamo, incluindo 50 que os EUA libertaram, mas que não podem repatriar por temor de que sejam torturados ou perseguidos em seus países de origem.
Em Berlim, cinco grupos de direitos internacionais fizeram um pedido conjunto para os governos europeus ajudarem a fechar Guantánamo, garantindo abrigo e proteção a esses 50 prisioneiros que são de países como China, Líbia, Rússia, Tunísia e Uzbequistão.
"Isso teria um duplo efeito: ajudaria a encerrar a provação de indivíduos presos ilegalmente em violação de seus direitos humanos e dar fim a esse escândalo internacional de direitos humanos que é Guantánamo", disse Daniel Gorevan, que comanda a campanha "Contraterror com justiça", da Anistia Internacional.
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