Censura
Chávez quer regulação da internet
O governo Hugo Chávez enviou à Assembleia Nacional projeto de reforma da lei de mídia para estender à internet regras de restrição de conteúdo e sanções já vigentes para jornais, rádios e tevê.
É mais uma lei que entra num pacote de normas que o governo corre para aprovar antes de 5 de janeiro, quando assume o novo Parlamento, no qual o chavismo não terá maioria qualificada.
A reforma prevê a criação de um "mecanismo" para restringir acesso a portais que veiculem violência, sexo explícito e que atentem contra a saúde. O documento também estipula sanções para provedores que transmitirem mensagens que "atentem contra os bons costumes", que possam "constituir manipulações midiáticas" e que "não respeitem" os poderes públicos ou quem os exerça. Para a oposição, os termos servirão para enquadrar sites e portais críticos do governo.
Buenos Aires - O debate sobre a entrada da Venezuela no Mercosul foi adiado ontem pelo segundo ano consecutivo pelo Senado do Paraguai em Assunção. O tratamento da adesão do país caribenho como sócio pleno do bloco do Cone Sul estava previsto para ontem na agenda da câmara alta paraguaia. Mas, a pedido do Poder Executivo, o presidente do Senado, Óscar González Daher, retirou o assunto da agenda. Desta forma, o caso da Venezuela só será tratado em 2011, quando o presidente Fernando Lugo envie novamente o assunto para a câmara alta.
Em Assunção, o senador Daher, representante do partido Colorado, de oposição, havia incluído o assunto na agenda inesperadamente à revelia do governo do presidente Lugo, que havia removido o caso do plenário na quinta-feira. O governo que não conseguiu reunir adesões da oposição para aprovar a entrada da Venezuela havia optado por remover o tratamento para evitar uma derrota no Senado.
A entrada da Venezuela no Mercosul como o quinto sócio pleno do bloco criado em 1991 pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai foi o centro de uma série de manobras e contra-manobras dos senadores paraguaios do governo e da oposição.
A jornada começou tumultuada quando o bloco do partido Pátria Querida, de oposição, avisou que não participaria da sessão extraordinária no Senado em protesto contra a distribuição de cargos para partidos aliados do governo.
O senador Carlos Filizzola, aliado de Lugo, retrucou e acusou os colorados de tentar tumultuar a política. Lugo, nas últimas semanas, estava com esperanças de conseguir os votos dos senadores da União Nacional de Cidadãos Éticos (Unace), comandados pelo general Lino Oviedo, protagonista de tentativas de golpes militares nos anos 1990. No entanto, nos últimos dias os "oviedistas" ainda duvidavam sobre dar o apoio ao governo no caso da Venezuela, já que a figura do presidente venezuelano, Hugo Chávez, encontra resistência nos setores empresariais do Paraguai.
A manobra dos colorados teria intenção de colocar a pique o acordo entre o governo e os "oviedistas".
Câncer
De acordo com médico que atende Fernando Lugo, o presidente paraguaio está bem e não terá que passar por novas sessões de quimioterapia.