A China está impedindo a entrada de estrangeiros em áreas tibetanas na parte oeste do país. O motivo é a proximidade do 50º aniversário de uma fracassada insurgência no Tibete, um tema político sensível para Pequim. Grandes partes das províncias de Gansu, Sichuan e Qinghai - onde vivem grandes comunidades tibetanas étnicas - estão agora fora do alcance dos estrangeiros confirmaram nesta quinta-feira (12) funcionários locais.
No ano passado, os protestos para marcar o aniversário do levante fugiram do controle, com incidentes mortíferos na capital tibetana de Lhasa. Segundo um funcionário do escritório de turismo da prefeitura autônoma tibetana de Gannan, na província de Gansu, a região ficará fechada para estrangeiros até o fim de março. O funcionário, falando sob condição de anonimato, não disse a partir de quando estão valendo as restrições.
Na província de Sichuan, muitas áreas abertas apenas há duas semanas já foram fechadas aos turistas até abril, de acordo com funcionários do escritório turístico de Ganzi. As restrições mostram o temor por potenciais distúrbios no 50º aniversário do fracassado levante tibetano, em 10 de março. O líder espiritual tibetano dalai-lama foi forçado a se exilar na Índia após a rebelião ser reprimida.
Segundo o governo chinês, 22 pessoas morreram nos distúrbios no ano passado. Porém fontes tibetanas garantem que o número de vítimas é bem maior. A China argumenta que o Tibete é parte de seu território, porém muitos tibetanos dizem que a região no Himalaia é na prática independente há séculos. Para entrar na área os estrangeiros precisam de uma permissão especial.