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Para os críticos do Tratado de Controle de Comércio de Armas (ATT), a solução não passa pela regulamentação da exportação e importação de armamentos. David B. Kopel, Paul Gallant e Joanne D. Eisen, do Independence Institute, no Colorado, EUA, autores de um estudo sobre o comércio global de armas, sugerem duas ações para ajudar as vítimas de abusos de direitos humanos.

O primeiro é o corte na ajuda internacional. Eles citam um estudo realizado entre 1960 e 1999 que mostra que a ajuda financeira internacional a países africanos paga por 40% das armas que esses países adquirem.

Os autores admitem que essa seria uma medida com efeitos negativos – a população que precisa dessa ajuda não a receberia –, mas

se o objetivo maior é reduzir as armas nas mãos de rebeldes ou governos tirânicos, então acabar com a ajuda internacional é um "resultado lógico".

A outra proposta dos autores, mais polêmica, é fornecer à população os instrumentos para a defesa própria. A ideia é uma política humanitária para armar potenciais vítimas de abusos. Algumas armas cairiam nas mãos das pessoas erradas, mas as pessoas boas teriam uma maneira de se proteger, eles dizem. "Se um dos principais objetivos é a defesa dos direitos humanos, então é preciso reconhecer realisticamente que, especialmente em situações em que a comunidade internacional não pode desarmar os violadores dos direitos humanos, as vítimas dos abusos têm o direito humano à defesa própria, e consequentemente o direito de se armar legitimamente."

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