Em entrevista à mídia árabe Al Mayadeen, neste sábado (3), o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o país sofre uma “tentativa de golpe” apoiada pelo que ele chama de “influência sionista” na mídia, refletida também nas mídias sociais.
O sionismo é, historicamente, um movimento que defende a presença do Estado de Israel, buscando uma solução para a questão judaica.
Além disso, o ditador garantiu que venceu as eleições do último dia 28, apesar das evidências de fraude.
Ele também acusou os Estados Unidos — que reconheceram a vitória do opositor Edmundo Gonzáles —, o empresário Elon Musk e “forças capitalistas extremistas” de liderarem um golpe de estado.
“Minha vitória nas eleições é o maior sinal do esforço de uma nação pela sua independência, dignidade e futuro, e de que o mundo já não segue às ordens de Washington e do sistema brutal capitalista e fascista”, disse Maduro na entrevista à Al Mayadeen.
Antissemitismo e apoio de Maduro à Palestina em entrevista
Além de ofender judeus e acusar os Estados Unidos, Nicolás Maduro declarou que a Venezuela apoia a causa Palestina. Ele também afirmou que a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza provocou o “pior genocídio desde Hitler”. “As causas árabes e muçulmanas vão triunfar cedo ou tarde”, disse.
Esta não é a primeira vez que o ditador venezuelano pronuncia frases antissemitas. Em abril, Maduro disse que “a direita sionista, neofascista com o apoio dos Estados Unidos” estaria impondo o caos e a violência no mundo. A fala, na ocasião, fazia alusão à escalada dos conflitos entre Israel contra o Hamas para outros países da região.
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