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Uma autoridade chinesa seguiu para Damasco nesta sexta-feira (17), em uma demonstração de apoio de um dos poucos amigos estrangeiros que o presidente sírio, Bashar al-Assad, ainda tem, depois que a Assembleia Geral da ONU votou a favor de um plano da Liga Árabe que pede sua renúncia. Assad não mostrou sinais de que aceita os pedidos para que pare a repressão aos 11 meses de levantes contra seu governo. Nesta sexta-feira, suas forças retomaram redutos da oposição na cidade de Homs, que agora está sob fogo há duas semanas. Na Assembleia Geral da ONU em Nova York, na quinta-feira (16), 137 Estados votaram a favor, 12 contra e 17 se abstiveram em uma resolução que endossava o plano da Liga Árabe. Rússia e China votaram contra, depois de terem vetado um texto similar no Conselho de Segurança da ONU em 4 de fevereiro. A votação da assembleia, ao contrário das resoluções do Conselho, não tem força legal, mas aumentou o isolamento de Assad e refletiu a revolta mundial à ferocidade da repressão, na qual forças do governo mataram vários milhares de civis. "Hoje a Assembleia Geral da ONU enviou uma mensagem clara ao povo da Síria - o mundo está com vocês", disse Susan Rice, a embaixadora dos EUA, em um comunicado. O analista político baseado em Beirute Ramil Khouri disse à Reuters que a votação era importante embora fosse simbólica. "Há um grande apoio global para a oposição. Isso mantém a pressão e a oposição pode dizer que tem legitimidade global. Eu acho que os dias dele estão contados. Mas ainda não sabemos por quanto tempo ele pode se manter", disse. Assad, que sucedeu ao pai Hafez, falecido em 2000 depois de ter governado por 30 anos, ainda tem apoio crucial no cenário internacional da Rússia e China. Os dois países dizem se opor à ideia de intervenção estrangeira em Estados soberanos e a Rússia tem interesses estratégicos na Síria, incluindo uma base naval.

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