Um enviado da ONU deixou o Iêmen nesta segunda-feira para informar o Conselho de Segurança da entidade sobre o que parece ter sido um esforço sem resultados para acabar com a crise no país árabe, onde manifestantes exigem a saída do presidente Ali Abdullah Saleh.
Jamal Benomar passou duas semanas no Iêmen tentando chegar a um acordo, mas partiu sem anunciar qualquer resultado depois de dias de mediação entre o governo e a oposição.
"Há um limite para a paciência dos iemenitas, e a responsabilidade de quebrar este impasse e colocar o Iêmen no caminho para a transição pacífica, reforma e recuperação repousa sobre os ombros de toda a liderança do Iêmen", disse Benomar antes de deixar o país, segundo a agência estatal de notícias Saba.
Países ocidentais esperam aumentar a pressão para que Saleh deixe o cargo com uma proposta de resolução do Conselho de Segurança que pediria ao Iêmen cumprir com um processo de transição mediado por países do Golfo.
Diplomatas na Organização das Nações Unidas disseram que uma resolução poderia ser proposta logo após a participação de Benomar no Conselho.
Protestos contra o governo Saleh, no poder há 33 anos, têm paralisado o Iêmen, enfraquecendo o controle do governo central sobre porções do país e alimentando receios de que o braço local da Al-Qaeda possa usar a revolta para expandir sua presença perto de rotas marítimas no Mar Vermelho.
O Conselho de Segurança emitiu uma declaração sobre o Iêmen no final de junho, na qual expressou "grande preocupação" com a situação no país e saudou "os esforços de mediação em curso do Conselho de Cooperação do Golfo para ajudar as partes a chegar a um acordo sobre o caminho a seguir."
A declaração veio após meses de desacordo devido a objeções russas e chinesas sobre o que viram como uma interferência nos assuntos internos de um Estado soberano, disseram diplomatas ocidentais.
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