Um périplo diplomático do enviado especial dos EUA ao Oriente Médio termina na sexta-feira sem superar o impasse entre palestinos e israelenses a respeito dos termos para a retomada do processo de paz.
Uma fonte oficial israelense disse, após a reunião de George Mitchell com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Jerusalém, que Israel poderia congelar a expansão dos assentamentos da Cisjordânia durante um período superior aos seis meses propostos, mas não por um ano inteiro.
"Israel aceitará ampliar o congelamento além de seis meses - possivelmente nove meses, mas menos de um ano," disse a fonte a jornalistas, pedindo anonimato.
Já o negociador palestino Saeb Erekat disse em Ramallah, na Cisjordânia, onde Mitchell foi recebido pelo presidente Mahmoud Abbas, que "a visita de Mitchell terminou sem acordo."
"Ainda não há acordo com o lado israelense nem solução de meio-termo," esclareceu.
Mitchell voltou a Jerusalém para se reunir novamente com Netanyahu e deve regressar aos EUA ainda na sexta-feira, depois de uma semana no Oriente Médio, sem nenhum resultado concreto para exibir.
Abbas exige a suspensão total da expansão dos assentamentos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental como condição para retomar as negociações de paz, rompidas desde dezembro. Obama apoia essa condição, pedindo a ambas as partes que respeitem os termos do "mapa da paz" esboçado por Washington em 2003.
Netanyahu descarta uma paralisação das obras em Jerusalém Oriental, e espera manter projetos já iniciados na Cisjordânia de modo a acomodar o crescimento natural das famílias de colonos.
Às vésperas de uma temporada de feriados para judeus e muçulmanos (o Ano-Novo e o Eid Al Fitr, respectivamente), Mitchell tem pressa em convencer os dois líderes a participarem com Obama de uma possível reunião trilateral neste mês em Nova York, onde os líderes estarão para a reunião anual da Assembleia Geral da ONU.
Erekat disse que tal reunião continua sendo possível, mas que seria "sem sentido" se Netanyahu não mudar de posição.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas