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Os EUA enviaram um representante a Pequim nesta quarta-feira, aumentando assim a pressão sobre a China para que se imponha sobre a Coreia do Norte, como parte de uma campanha para forçar o governo norte-coreano a encerrar seu programa nuclear.

O enviado dos EUA para assuntos ligados à Coreia do Norte, Stephen Bosworth, se encontrou com autoridades sul-coreanas em Seul antes de seguir para a China. O governo norte-americano espera que as conversações sobre o desmantelamento das atividades nucleares do Norte possam começar em breve, embora uma saída para o impasse seja improvável.

A tensão na península coreana chegou a um dos níveis mais altos desde a Guerra da Coreia (1950-53), depois do afundamento de uma embarcação sul-coreana no ano passado -- no qual morreram 46 marinheiros --, troca de tiros de artilharia, revelações sobre atividades nucleares e ameaças de guerra.

O conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos EUA, Barack Obama, se reuniu com o chanceler da China na terça-feira em Washington, na busca de meios para persuadir a Coreia do Norte a abandonar seus esforços em armamento nuclear e "evitar comportamento desestabilizador", segundo a Casa Branca.

O diário sul-coreano JoongAng disse em editorial que China e EUA precisam buscar a retomada das negociações e apresentar propostas para aliviar as tensões, pois uma guerra na região seria catastrófica não apenas para as duas Coreias, mas para seus respectivos aliados - China e EUA.

Em Seul, Bosworth se encontrou com o chanceler e o negociador das questões nucleares da Coreia do Sul. Ele não parece estar na região para apresentar uma proposta dos EUA para a retomada de negociações com a Coreia do Norte, mas está recolhendo as opiniões dos dois lados.

As consultas devem provavelmente se concentrar na retomada das conversações sobre ajuda em troca de desarmamento, envolvendo EUA, Japão, China, Rússia e as duas Coreias.

Indagado sobre se os EUA estavam pressionando a Coreia do Sul, Bosworth respondeu: "Nunca". Ele não fez mais comentários.

Bosworth chegará à China ainda nesta quarta-feira e irá ao Japão na quinta-feira.

Depois de se reunir com Bosworth o chanceler sul-coreano, Kim Sung-Hwan, demonstrou cautela sobre a retomada das conversações envolvendo os seis países, qualificando-as de "uma ferramenta útil de negociação" para o desarmamento da Coreia do Norte.

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