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África

Epidemia de Ebola chega ao Senegal

Moradores da região de West Point, em Monróvia, na Libéria, estão em quarentena | 2Tango/Reuters
Moradores da região de West Point, em Monróvia, na Libéria, estão em quarentena (Foto: 2Tango/Reuters)

O Senegal se tornou ontem o quinto país no oeste da África atingido pelo pior surto de Ebola da história, e tumultos irromperam em áreas remotas do sudeste da vizinha Guiné, onde o nível de infecção está aumentando rapidamente.

No sinal mais recente de que a epidemia do vírus, que já matou pelo menos 1.550 pessoas, está saindo de controle, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que os casos de Ebola aumentaram na semana passada no ritmo mais rápido desde seu surgimento em março na Guiné.

A epidemia vem desafiando os esforços de contenção dos governos, o que levou os Médicos Sem Fronteiras, ONG que encabeça o combate à doença, a pedir que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) assuma o trabalho de detê-la.

Incluindo as mortes, mais de 3 mil pessoas foram infectadas na Guiné, Libéria e em Serra Leoa, e o surto também chegou à Nigéria, onde seis pessoas morreram. O primeiro caso do Senegal é um estudante da Guiné.

A ministra senegalesa da Saúde, Awa Marie Coll Seck, relatou que o homem buscou tratamento em um hospital da capital, Dacar, na terça-feira, ocultando o fato de que teve contato próximo com vítimas no país de origem. Exames no Instituto Pasteur de Dacar revelaram que ele tem a febre hemorrágica. "Ele estava sob vigilância das autoridades de saúde da Guiné por causa do contato com vítimas do Ebola, mas fugiu para o Senegal", disse Seck. Moradores de Dacar reagiram com raiva e preocupação.

"Quando você está doente, por que sai do país para exportar a doença para outro?", indagou um radialista. Em uma tentativa de evitar a disseminação do vírus, na semana passada o Senegal proibiu voos de e para três dos países afetados e fechou a fronteira com a Guiné.

O Senegal, que é um epicentro de agências da ONU e entidades de assistência, também recusou a liberação de voos de ajuda da ONU para nações contaminadas com o Ebola, o que as equipes humanitárias afirmam estar restringindo sua capacidade de reagir à epidemia.

20 mil pessoas deverão ser infectadas pelo Ebola, segundo estimativa da OMS baseada em dados das últimas epidemias.

O plano para conter o vírus deve custar cerca de US$ 500 milhões (R$ 1,1 bilhão). Até o dia 26, morreram 1.552 pessoas e 3.069 foram contaminadas na Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.

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