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Rafael Correa: clima eleitoral | Rodrigo Buendia/AFP
Rafael Correa: clima eleitoral| Foto: Rodrigo Buendia/AFP

Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, ameaça expulsar a construtora brasileira Odebrecht do país. Ele exige que a hidrelétrica de San Francisco – construída pela empresa em consórcio com Va Tech e Alston e que apresentou vazamentos – seja reparada e que seja paga uma indenização.

"Se não prestarem contas, terão que ir embora", destacou ele, em entrevista na televisão. Estes senhores (da empresa brasileira) foram corruptos e corruptores; compraram funcionários do Estado. O que está sendo feito é um assalto ao país." Ainda não está definido o valor da indenização que o consórcio pode ter de pagar.

Ele qualificou de "tremendamente lesivos" os contratos que a empresa tem no país. "Arrumem rápido o que fizeram e arrumem rápido o resto dos contratos, que são tremendamente lesivos para o país. Não apenas deixem o país; não descansarei até divulgar ao mundo o que têm feito", afirmou, na noite de domingo. A empresa brasileira tem ainda contrato de construção de uma estrada, um aeroporto e outra central hidrelétrica.

Vazamento

Correa acusa a empresa de corrupção porque algumas de suas obras foram concluídas com "um terço de capacidade e o triplo de custo". A usina de San Francisco responde por cerca de 12 por cento da capacidade energética do Equador, mas, desde 6 de junho, vem apresentando falhas técnicas que a obrigaram a interromper a geração.

Problemas foram localizados no túnel de condução das águas para as turbinas, além de desgaste excessivo de rodas d’água das turbinas e falhas no sistema de esfriamento.

A operação da usina de 230 megawatts de potência teve de ser interrompida e quase 300 operários foram mobilizados para providenciar os reparos e permitir que ela volte a funcionar.

O consórcio promete que a hidrelétrica, que havia sido entregue em julho do ano passado, estará novamente em operação até o dia 4 de outubro. Fontes de uma das empresas integrantes do consórcio atribuíram ao clima de disputa eleitoral no Equador os ataques do presidente Rafael Correa à construtora Odebrecht.

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