O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, afirmou nesta quarta-feira que o governo vai analisar, sem prazos, o pedido de asilo político feito pelo fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
Segundo o chanceler, "no Equador, há total liberdade de expressão" e, por isso, Assange escolheu se alojar na Embaixada equatoriana em Londres.
"Estamos analisando o pedido de asilo da maneira como deve ser feito em casos como esse. Assange argumenta que sua vida está em perigo, mas o governo não tem um prazo para dar uma resposta à solicitação", contou Patiño, que está no Rio de Janeiro para participar da Rio+20, ao lado do presidente Rafael Correa.
Assange, acusado na Suécia por crimes de abuso sexual, está refugiado na Embaixada do Equador em Londres. Ele afirma que também pode ser perseguido nos Estados Unidos devido à divulgação de milhares de documentos secretos através do WikiLeaks.
Scotland Yard
A Scotland Yard (Polícia Metropolitana de Londres) afirmou nesta quarta-feira que Assange violou as condições de sua prisão domiciliar no Reino Unido, ao refugiar-se na Embaixada do Equador na capital britânica, e pode ser detido.
Uma porta-voz da Scotland Yard disse que Assange poderia ser detido por ter abandonado o domicílio estabelecido nas condições de sua detenção, que o obrigavam ainda a ficar nesse lugar toda noite entre 21h e 7h da manhã.
A porta-voz não especificou o que ocorrerá se Assange decide abandonar a legação diplomática equatoriana, onde a polícia britânica não tem jurisdição para atuar.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião