A Procuradoria Geral do Equador seguirá com os processos contra funcionários colombianos pelos bombardeios a um acampamento da guerrilha das Farc em seu território. Isso apesar de os processos terem provocado o congelamento do diálogo para o restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, informou a imprensa local na segunda-feira.
O fato de um juiz equatoriano ter vinculado o comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Freddy Padilla, nas investigações pela morte de mais de 24 pessoas no bombardeio, que matou também um líder guerrilheiro, levou à suspensão, na semana passada, de uma reunião preparatória para o encontro de chanceleres.
"Os princípios jurídicos não se podem subordinar ou adaptar às conjunturas de caráter político", disse o procurador-geral do Equador, Washington Pesántez, de acordo com o jornal Hoy.
A justiça equatoriana vinculou previamente o ex-ministro de Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, e solicitou sua captura com fins de extradição, provocando uma rejeição firme por parte do presidente Álvaro Uribe, que disse defendê-lo em qualquer cenário judicial.
Pesántez afirmou que apresentará no final deste ano um parecer do caso. A reunião de chanceleres no dia 3 de novembro não foi cancelada.
No ataque ao acampamento das Farc no Equador foram mortos, entre outros, o líder rebelde Raúl Reyes e um cidadão equatoriano.
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