Assange, em agosto, na Embaixada do Equador em Londres| Foto: Carl Court/AFP

O vice-chanceler do Equa­­dor, Marco Albuja, disse que o país sul-americano está preocupado com o estado de saúde do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

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Assange está abrigado na embaixada equatoriana em Londres desde 19 de junho, após alegar que sofria perseguição política ao ter aprovada sua extradição para a Suécia, onde responde a acusações de estupro.

Em entrevista à rádio A Voz da Rússia, de Moscou, Albuja afirmou que Assange emagreceu muito nos últimos quatro meses, o que preocupa o governo equatoriano. "Se ele ficar doente, vamos ter que escolher entre duas alternativas: tratar Assange na embaixada ou hospitalizá-lo", disse o diplomata, ontem. "Esta é uma situação muito grave e pode afetar os direitos humanos de Assange."

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Ele também pediu ao Rei­­no Unido que garanta uma passagem segura ao australiano caso ele precise ser transferido para um hospital.

O Ministério de Relações Exteriores britânico disse que não comentaria imediatamente sobre as declarações de Albuja.

Asilo

O fundador do Wikileaks possui asilo diplomático do Equador desde agosto, mas Londres não quer conceder­­ salvo-conduto para que ele pos­­sa sair do país. O país­­ sul-americano entendeu que ele sofre perseguição política e corre risco caso seja ex­­tradita­­do.

Os advogados do ativista­­ australiano alegam que acordo firmado entre Suécia e EUA permitiria o­­ envio de Assange a esse se­­­­gundo país, o que sinalizaria intenção de processá-lo por crimes relacionados ao WikiLeaks.

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Conforme a argumentação da defesa de Assange – e aceita pelo Equador –, as acusações feitas contra ele na Suécia são apenas parte de um complô que visa, em última instância, enviá-lo aos EUA. Lá, dizem, Assange estaria suscetível a maus-tratos e condições degradantes como isolamento prolongado.