O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, confirmou nesta segunda-feira (24) o pedido de asilo solicitado ao seu país pelo ex-funcionário da CIA, Edward Snowden, acusado pelos Estados Unidos de revelar programas de espionagem secretos.
Patiño fez a declaração em uma videoconferência realizada em Hanói, no Vietnã, onde se encontra em visita oficial.
O chanceler justificou o pedido diante do "perigo de perseguição" por parte das autoridades americanas.
"Os Estados Unidos estão interceptando a maioria das comunicações do mundo", disse Snowden em carta que foi lida pelo chanceler e na qual o ex-funcionário da CIA solicita asilo político ao presidente do Equador, Rafael Correa.
Snowden deixou Hong Kong no domingo (23) rumo à Rússia, um dia após os Estados Unidos pedirem sua extradição para que responda acusações de espionagem e roubo de propriedade federal, que podem significar até 30 anos de prisão.
O governo de Hong Kong disse que rejeitou o pedido porque os Estados Unidos "não cumpriram plenamente com os requisitos legais sob a lei de Hong Kong" e não podia impedir a saída de Snowden do território chinês.
O Wikileaks disse em sua conta no Twitter que ajudou Snowden a sair e a buscar "asilo político em um país democrático", embora não especificou seu destino final.
Snowden admitiu que divulgou detalhes de programas de vigilância secretos, mas negou ser um "traidor".
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