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América Latina

Equador considera inaceitável intromissão de Chávez em eleições

O presidente do Equador, Alfredo Palacio, considerou nesta quarta-feira ``inaceitável'' a intromissão do líder venezuelano, Hugo Chávez, na disputa presidencial do país e pediu respeito à decisão dos equatorianos nas urnas.

Às vésperas do segundo turno, marcado para 26 de novembro, Chávez chamou Alvaro Noboa, magnata das bananas e líder nas pesquisas de intenção de voto, de ``explorador de criancinhas'', após colocar em dúvida sua vitória no primeiro turno sobre o nacionalista Rafael Correa.

Embora Chávez tenha se abstido a apoiar diretamente seu ''amigo'' Correa, suas palavras desataram uma saraivada de críticas de vários setores políticos, razão pela qual Palacio pediu a Chávez não se meter na disputa presidencial do Equador.

``Isso é inaceitável (a declaração de Chávez). Não pode haver interferência externa'', disse o presidente equatoriano a jornalistas.

No primeiro turno, em 15 de outubro, Noboa se impôs com 26,83 por cento dos votos válidos, ante 22,84 por cento de Correa.

O Ministério de Relações Exteriores equatoriano convocou o embaixador venezuelano, Oscar Navas, para transmitir sua indignação pelas declarações de Chávez, que, até agora, havia mantido silêncio sobre a corrida presidencial no Equador.

As polêmicas declarações de Chávez deram corda aos detratores de Correa, que acreditam que uma eventual vitória dele abriria as portas de aproximação entre Caracas e Quito, colocando em risco as relações e investimentos dos Estados Unidos, primeiro parceiro comercial do Equador.

``É estranho que não perguntem o que ocorreu na Nicarágua, onde os Estados Unidos mostraram abertamente uma intromissão (...) se os Estados Unidos fazem, é bem-vindo; se a Venezuela o faz, é intromissão'', criticou o representante diplomático venezuelano em Quito ao ser indagado sobre a reação do presidente equatoriano.

Uma última pesquisa da Cedatos-Gallup International mostra a Noboa com 59 por cento das intenções de voto, ante 41 por cento de Correa.

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