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Crime político

Equador decreta estado de emergência após morte de candidato, mas mantém eleições antecipadas

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, convocou as Forças Armadas para atuarem em todo o país após a morte do candidato à presidência (Foto: José Jácome/EFE)

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O assassinato a tiros do candidato à presidência do Equador, Fernando Villacincencio Valencia, durante um comício nessa quarta-feira (10), em Quito, levou o país a declarar estado de emergência e luto nacional de três dias.

Em um pronunciamento realizado na noite de ontem, o atual presidente, Guillerme Lasso, condenou o ato violento e afirmou se tratar de um crime político, "que não ficará impune". Um dos suspeitos foi morto durante troca de tiros com a equipe de segurança do candidato de centro-direita.

A titular do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint, comunicou que, apesar do ocorrido, as eleições antecipadas estão mantidas para o dia 20 de agosto. Em sua fala, ela afirmou que "o processo eleitoral permanece inalterado, em cumprimento ao mandato constitucional e legal".

Lasso informou que a decretação de emergência permanece por 60 dias e as Forças Armadas foram mobilizadas para atuar em todo o país.

Além do candidato, outras nove pessoas ficaram feridas no atentado. Entre as vítimas estão uma candidata a deputada e dois policiais, segundo a Procuradoria, além de participantes do comício.

Villavicencio, que concorria pelo movimento de centro-direita Construye, já havia relatado ameaças de morte contra ele havia algumas semanas e, como os outros candidatos presidenciais, recebia proteção policial durante a campanha.

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