Autoridades eleitorais do Equador confirmaram no domingo que o empresário Alvaro Noboa e o esquerdista Rafael Correa disputarão o segundo turno em novembro, depois de uma votação apertada na semana passada.
Noboa conseguiu surpreendentes 26,83% dos votos, enquanto Rafael Correa obteve 22,84%, com 99,5% de apuração. Autoridades disseram que as urnas restantes são de equatorianos que vivem no exterior.
- A tendência está basicamente estabelecida. Precisamos apenas contar um número de votos que não alterará a ordem dos candidatos - disse a repórteres o chefe do Tribunal Supremo Eleitoral, Xavier Cazar.
Leia mais em O Globo OnlineNoboa, considerado o homem mais rico do Equador, estava atrás do ex-ministro da Economia Correa nas pesquisas de intenção de voto, mas suas promessas de empregos e casas para os pobres atraíram muitos eleitores.
Assessores de Noboa disseram que ele manterá suas aparições bem-sucedidas de campanha, em que ele entregou computadores, cadeiras de rodas e até dinheiro para prováveis eleitores em favelas.
Sua estreita vitória sobre Correa, cujas promessas de limitar os pagamentos da dívida externa preocuparam Wall Street, fez os preços dos títulos equatorianos subirem, uma vez que os investidores passaram a considerar mais provável uma vitória de Noboa em novembro.
Após reclamar de fraude eleitoral inicialmente, Correa deixou de lado as queixas, prometendo aumentar o crédito barato para os pobres e criar mais empregos, a fim de tentar aumentar seu apoio.
Os dois candidatos voltaram à campanha esta semana para conquistar os corações e mentes dos equatorianos, que viram a queda dos últimos três presidentes eleitos nos últimos 10 anos.
No dia 26 de novembro, o pequeno país andino, em que mais da metade dos 13 milhões de habitantes vive na pobreza, escolherá seu oitavo presidente desde 1997.
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