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Asilados em embaixada argentina

Equador recusa “troca” para salvo-conduto para opositores venezuelanos

O chanceler da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, havia proposto que o ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas, preso por corrupção, recebesse salvo-conduto em troca do mesmo benefício para opositores venezuelanos (Foto: EFE/Carlos Ortega)

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O governo do Equador rejeitou nesta quarta-feira (18) uma proposta do governo da Colômbia para dar salvo-conduto ao ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, preso por corrupção, para que possa pedir asilo no México, para que a ditadura da Venezuela concedesse o mesmo benefício a opositores que estão asilados na Embaixada da Argentina em Caracas.

“Reafirmamos o que ficou evidente para todos os equatorianos: este tipo de ‘negociações’ nunca terá lugar neste governo”, afirmou a presidência equatoriana num comunicado, segundo informações da agência EFE.

Em abril, Jorge Glas, que foi vice na gestão de Rafael Correa (2007-2017), foi preso por policiais que entraram na embaixada mexicana em Quito. Ele estava na representação diplomática porque havia pedido asilo político ao México.

A prisão de Glas, que era procurado pelas autoridades equatorianas devido a uma condenação e investigações por corrupção, gerou uma crise diplomática com o México.

“O cidadão Jorge Glas, assim como outros responsáveis ​​por crimes que afetaram famílias equatorianas, continuará cumprindo sua pena na prisão, em estrita conformidade com o estabelecido pela lei”, afirmou a presidência equatoriana.

Os seis opositores da Venezuela estão desde março refugiados na Embaixada da Argentina em Caracas, que desde agosto é protegida pelo Brasil, devido ao rompimento diplomático entre Caracas e Buenos Aires.

A hipótese da “troca” havia sido levantada na terça-feira (17) pelo ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo.

“Fui ao Brasil pessoalmente, por instrução do presidente [Gustavo] Petro, porque na nossa conversa com o governo da Venezuela, conseguimos obter salvo-conduto para essas seis pessoas (...). Pediram que a Argentina libertasse uma pessoa muito próxima ao governo da Venezuela e que Jorge Glas também recebesse salvo-conduto no Equador”, disse o chanceler.

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