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O Equador apresentou uma redução de 18% no número de homicídios entre janeiro e setembro de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. A queda nos números ocorre após um ano marcado pela onda de violência, que incluiu sequestros, invasão à uma emissora de TV, extorsões e ataques relacionados ao tráfico de drogas.
Tais ações foram desencadeadas após a fuga, em janeiro do ano passado, de José Adolfo Macías Villamar, conhecido como "Fito", líder da gangue Los Choneros, que escapou da prisão regional de Guayaquil. “Fito” continua foragido.
O comandante geral da Polícia do Equador, Víctor Zárate, informou em outubro do ano passado que a investigação para localizar o criminoso estava 45% concluída.
A diminuição dos homicídios, que saíram de 4.677 em 2023 para 3.855 em 2024, é um reflexo positivo da aplicação das medidas excepcionais feitas pelo governo do presidente Daniel Noboa, que incluíram oito decretos de Estado de Exceção para mobilizar as Forças Armadas e a Polícia Nacional em áreas críticas, visando conter as organizações criminosas responsáveis pelos ataques e a onda de violência no país.
Ainda em 2024, as autoridades equatorianas apreenderam 277 toneladas de cocaína, superando em 70 toneladas o número confiscado em 2023, o que indica que o Equador ainda segue sendo uma das principais rotas do narcotráfico internacional. Esse contexto reforça o clima de insegurança que ainda aflige a sociedade e que tem pressionado o governo a continuar com suas medidas rigorosas.
Nesta sexta-feira (3), Noboa renovou novamente o decreto de Estado de Exceção para sete províncias, incluindo a capital Quito, enfatizando a necessidade de seguir combatendo o crime.