O governo do Equador informou no domingo (12) que retirou quase 800 corpos de pessoas que morreram em suas casas nas últimas semanas em Guayaquil, segunda maior cidade equatoriana e epicentro de Covid-19 no país.
Os sistemas de saúde e funerário entraram em colapso no Equador em meio à pandemia do novo coronavírus.
O governo criou uma força-tarefa de policiais e militares para atuar durante a emergência sanitária. Em três semanas de atuação das equipes, o balanço é de 771 mortos retirados de casas e 631 de hospitais, que estão com os necrotérios lotados, informou o líder da força-tarefa, Jorge Wated.
O balanço divulgado por Wated não detalha as causas das mortes e os números causam confusão, já que, oficialmente, o Equador registrou 7.529 casos confirmados de Covid-19 e 355 mortes pela doença.
Moradores de Guayaquil estão tendo dificuldades em encontrar oxigênio medicinal para tratar pessoas com problemas respiratórios. Há relatos de pessoas que não conseguiram internar familiares com sintomas de infecção pelo novo coronavírus em hospitais públicos e enfrentam longas filas para conseguir oxigênio para recarregar tanques em suas casas.
As empresas que vendem oxigênio médico dizem que toda a sua produção está concentrada no fornecimento a hospitais públicos e privados, relatou o El Comercio.
O presidente do Equador, Lenín Moreno, anunciou no domingo que vai reduzir o seu salário em 50%, assim como o de ministros, vice-ministros, outros titulares do governo e membros da Assembleia Nacional.
- Cidade do Equador faz força-tarefa para recolher corpos em meio à pandemia
- Um dos menores países da América do Sul, Equador é um dos mais afetados pela Covid-19 na região
- Equador decreta estado de exceção e toque de recolher por coronavírus
- Justiça do Equador condena ex-presidente Rafael Correa a oito anos de prisão
Deixe sua opinião