O governo do presidente do Equador, Rafael Correa, estuda a retirada de mais de 16 mil minas terrestres que estão na fronteira do país com o Peru. As minas estão enterradas desde 1995 quando os dois países disputavam uma região de terra na área fronteiriça. O trabalho de retirada das minas será feito pelo Comando de Desminagem do Corpo de Engenheiros do Exército.
A expectativa das autoridades é que o trabalho seja concluído apenas em 2023. As minas estão enterradas em uma faixa de 70 quilômetros na região Amazônica. O Equador e o Peru estiveram envolvidos em uma guerra não declarada entre janeiro e fevereiro de 1995, que foi resolvida em outubro de 1998 com a assinatura de um acordo de paz. O Brasil foi o mediador das negociações.
Ambos os exércitos concordaram em compartilhar informações para localizar, desativar e destruir minas terrestres. Mas a tarefa se tornou difícil porque várias minas foram colocadas de forma aleatória, segundo as autoridades. A equipe de especialistas estima que terá de desmontar mais de 16 mil minas nas províncias de El Oro, Loja, Morona Santiago, Pastaza e Zamora Chinchipe.
Os engenheiros militares equatorianos usam várias técnicas, como cães treinados para identificar os locais das minas, um robô, escavação mecânica, além da desminagem manual. As operações serão supervisionadas por oito oficiais militares do Exército do Brasil e Chile. O capitão do Exército chileno Joaquín Inostroza Avaria, um dos monitores internacionais, destacou que "plantar uma mina custa US$ 1, desativar custa US$ 1 mil".
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura