Quito - O governo do Equador irá retirar a licença "a algumas emissoras de rádio e televisão que obtiveram permissão para funcionar de forma irregular. O anúncio foi feito ontem pelo presidente Rafael Correa.
Ele explicou que, em oito dias, será elaborado um relatório técnico sobre a auditoria realizada nos veículos, no qual se constataram "gravíssimas irregularidades, suscetíveis a sanções.
O chefe de Estado intensificou nos últimos dias suas críticas contra um setor da imprensa que ele julga ser o principal inimigo de sua revolução socialista no país.
Há alguns meses, o governo recebeu um relatório do Comitê de Auditoria, que detectou inúmeras falhas na concessão de licenças à emissoras de rádio e canais de televisão.
"O relatório é gravíssimo, disse Correa. "Queremos evitar erros. Vamos analisá-lo com profundidade e, então sim, agir com todas as forças para punir e corrigir os abusos que foram cometidos, disse o presidente.
Segundo Correa, "com esse relatório, caem muitas vacas sagradas deste país, sem explicar, no entanto, ao que estava se referindo.
Popularidade
Uma pesquisa divulgada ontem mostra que a popularidade de Correa nas principais cidades do país caiu 19 pontos percentuais e atingiu o menor nível desde que ele assumiu o cargo, em 2007. O levantamento foi feito pelo instituto Market.
Em declarações à emissora Sonorama, o gerente do instituto, Diego Peñaherrera, atribuiu a queda da popularidade de Correa ao escândalo gerado pela revelação de que um irmão dele, Fabricio, firmou contratos milionários com o Estado. Após o escândalo, o presidente equatoriano ordenou que os contratos fossem cancelados.