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Cerca de 60 pessoas, entre agentes da segurança pública e civis, são alvos de processos judiciais relacionados com a rebelião policial ocorrida no dia 30 de setembro no Equador. O ministro da Justiça, José Serrano, disse à rede de televisão Ecuavisa que "há aproximadamente 60 pessoas que no momento são processadas judicialmente, tanto pela promotoria como por denúncias apresentadas pelo governo".

Ele destacou que os acusados contam "além de seus advogados, com defensores públicos", e que os processos "estão transcorrendo de maneira absolutamente transparente". De acordo com Serrano, "os fatos ocorridos em 30 de setembro são delitos de ação pública, porque atentaram contra a segurança do Estado". "Dentro dessa perspectiva, são processos contra as pessoas que atentaram contra a democracia e a segurança do Estado", acrescentou.

Essas pessoas são as supostas responsáveis pela tentativa de golpe ocorrido depois de um protesto de agentes de segurança. O presidente Rafael Correa foi agredido e levado a um hospital, onde foi mantido no local por várias horas, até ser resgatado por um grupo de militares. A rebelião terminou com oito mortos e 270 feridos.

O ministro do Interior, Gustavo Jalkh, disse à rede de televisão RTU que uma semana antes do levante "fomos informados de que havia um certo descontentamento, mas os generais estavam indo aos quartéis e aos recintos para explicar a nova lei. Eu mesmo estava participando dessas ações".

De acordo com Jalkh, os fatos se precipitaram por causa de "uma campanha oculta" no interior da instituição, cujo objetivo era que certos grupos mantivessem espaços no poder. Simpatizantes do governo se reuniram hoje e participaram de uma passeada convocada em defesa da democracia, apesar do fato de na capital equatoriana continuar vigente o estado de exceção que, entre outras coisas, proíbe concentrações e manifestações.

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