Mergulhadores encontraram neste sábado (28) o corpo da peruana Erika Soria Molina, de 25 anos, em um convés submerso do cruzeiro Costa Concórdia, elevando para 17 o número de vítimas do naufrágio ocorrido em 13 de janeiro no litoral da ilha italiana de Giglio. Apesar da busca por desaparecidos ainda continuar, equipes de resgate tiveram que interromper a retirada do combustível do navio devido às más condições meteorológicas.
Erika era tripulante da embarcação, confirmaram à Agência Efe fontes diplomáticas do Peru em Roma.
"As condições do vento e das ondas de mais de um metro nos forçaram a interromper o trabalho, mas vamos retomá-lo assim que as condições melhorarem", afirmou Antonino Corsini, um dos mergulhadores a serviço da companhia holandesa Smit Salvage.
Antes de o trabalho ser suspenso, as equipes estavam instalando válvulas para ajudar a extrair os seis tanques de combustível do navio, que contêm cerca de 2.300 toneladas de diesel. O processo de extração deve levar 28 dias.
Sem esperança de encontrar sobreviventes, o foco agora das equipes de resgate é prevenir um desastre ambiental em Giglio, um popular destino turístico em uma reserva natural marinha.
O Concordia, um cruzeiro de 290 metros de comprimento transportando mais de 4.200 passageiros e tripulantes, afundou mais de duas semanas atrás, após colidir contra uma rocha que abriu um rasgo em seu casco.
O acidente, que deverá gerar o mais caro seguro marítimo já reivindicado, desencadeou uma batalha jurídica com advogados americanos e italianos preparando ações coletivas e individuais contra a operadora Costa Cruzeiros.
Em uma tentativa de limitar as consequências, ofereceu US$ 14.500 de indenização a mais de 3 mil passageiros, na condição de suspenderem qualquer ação legal contra a empresa.
O capitão do Concórdia, Francesco Schettino, está sob prisão domiciliar, suspeito de causar o acidente por se aproximar muito da costa e enfrenta acusações de homicídio múltiplo e abandono do navio antes da retirada de todos os passageiros.