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Equipes de resgate se preparam neste domingo para perfurar pequenos buracos dentro de uma mina no norte do Chile para tentar localizar 33 mineradores presos por desmoronamentos e mantê-los vivos após uma tentativa de resgate ter falhado.

Os esforços de resgate sofreram uma grande derrota neste sábado, quando um novo desmoronamento bloqueou o poço de ventilação pelo qual as equipes de resgate estavam descendo. Nenhum contato foi feito com os mineiros até o momento. Eles estão presos 7 quilômetros adentro da mina, cerca de 300 metros verticalmente abaixo do solo.

Autoridades torcem para que os trabalhadores tenham conseguido chegar a um abrigo subterrâneo, que contém oxigênio, e estejam racionando comida e água.

A esperança agora é encontrá-los e passar a eles alimentos e água frescos, além de linhas de comunicação por meio de um pequeno furo, até que especialistas possam achar uma forma de retirá-los da pequena mina de ouro e cobre.

"A situação não é fácil, tenho que falar a verdade," afirmou na noite deste sábado o presidente Sebastian Pinera, que abreviou uma visita à Colômbia para se encontrar com familiares dos trabalhadores presos. "Não está apenas nas nossas mãos, está também nas mãos de Deus."

Equipes de resgate enfrentam uma corrida contra o tempo para alcançar os mineradores, que, mesmo tendo alcançado o abrigo, estão em um espaço do tamanho de um pequeno apartamento.

A mina San José, que pertence à empresa privada local Compania Minera San Esteban Primera, foi fechada após o acidente. Ela é um de três locais adjacentes que produzem juntos 1.200 toneladas métricas ou cobre refinado anualmente.

O fechamento não deve prejudicar a produção de cobre no Chile, maior produtor mundial. Grandes acidentes em minas são incomuns no país, pois as autoridades mantêm rígidos controles sobre as operações.

Parentes angustiados, que passaram a segunda noite seguida na entrada da mina em volta de uma fogueira, choraram ao ouvir as notícias do novo desabamento no sábado.

Depois, eles se acalmaram, quando foram informados que a mina não tinha desmoronado completamente e que os esforços de resgate continuariam, embora muitos tenham tentado invadir a entrada da mina e duelaram brevemente com a polícia, chamando as autoridades da empresa de "assassinos."

"Temos de esperar, porque o resgate vai continuar," afirmou o comerciante local Crisologo Rojas, 51, cujo sobrinho e amigos estão presos na mina, localizada 450 quilômetros ao norte da capital, Santiago. "Não sei o que eles vão encontrar lá embaixo," completou.

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