Berlim (EFE) Os balanços e a discussão sobre o que fica da "era Schröder" marcam boa parte do debate político alemão. O presidente alemão, Horst Köhler, em sua mensagem de despedida, elogiou a coragem com que Gerhard Schröder impulsionou e defendeu as reformas que reequilibraram a equação previdenciária do país.
Para o popular jornal Bild, "Schröder representou uma mudança no estilo de fazer política na Alemanha". O estilo "antes de Schröder" era, segundo o jornal, o de se esquivar dos problemas e gastar dinheiro que não havia nos cofres públicos, enquanto que o imposto pelo chanceler foi o de "reconhecer a realidade de que os cofres públicos estão vazios". "Bastam duas palavras. Kosovo e reformas. Schröder fez e teve que fazer muitas coisas que ninguém tinha feito ou teve que fazer antes", afirma o jornal Der Tagesspiegel na sua edição de segunda-feira.
Sem lastro
O editorial de ontem do Frankfurter Allgemeine sustenta que o chanceler, além de iniciar um processo de reformas sem precedentes, transformou o Partido Social-Democrata (SPD) e o livrou do lastro ideológico. Em outras palavras, e estabelecendo uma semelhança entre o que ocorreu a partir dos anos 80 no Reino Unido, pode-se dizer que Schröder teve que assumir um papel híbrido e ser para a Alemanha o que Margareth Thatcher foi para seu país, mas em uma versão mais relaxada, e foi para o SPD o que representou Tony Blair para o Partido Trabalhista.
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