O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan| Foto: Malton Dibra/EFA/EFE
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O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, anunciou neste sábado (29) possíveis represálias a meios de comunicação, incluindo redes sociais, que divulguem conteúdos considerados "nocivos". Um decreto presidencial, publicado no diário oficial do Estado, anuncia medidas contra "conteúdos nocivos escritos, verbais ou de imagem" para evitar que crianças e jovens tenham seu "desenvolvimento físico ou psicológico negativamente afetado". O objetivo, segundo o presidente turco é os jovens "contra a degeneração e a estrangeirização da cultura nacional", sem mais detalhes.

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O decreto presidencial, publicado no diário oficial do Estado, anuncia medidas contra "conteúdos nocivos escritos, verbais ou de imagem" que "afetam negativamente o desenvolvimento físico ou psicológico de crianças e jovens" em "vários meios de comunicação social, incluindo as redes sociais". "Serão tomadas medidas imediatas para eliminar elementos que violem os princípios básicos da nossa sociedade e que nos últimos dias foram vistos na televisão que se adaptam principalmente a conteúdos estrangeiros", acrescenta o texto.

O portal de oposição "Diken" afirma que o decreto visa especificamente um programa da "Fox TV", baseado em um formato coreano e lançado neste ano, no qual celebridades mascaradas competem em um concurso de canto.

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No dia 3 de janeiro, Ibrahim Uslu, vice-presidente do Conselho de Radiotelevisão Turco (RTÜK), órgão público de controle do setor audiovisual, prometeu no Twitter que investigaria a atração. No entanto, o decreto presidencial, que apenas cita como base jurídica o mandato constitucional para proteger as crianças e jovens de vícios, drogas e assemelhados, não especifica os elementos considerados prejudiciais nem os procedimentos legais a serem empregados.