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Oriente Médio

Erdogan diz que Netanyahu é o “principal responsável” pelo ataque do Irã a Israel

Presidente da Turquia afirmou que o ataque de Israel ao consulado do Irã na Síria foi a “gota d’água” e motivou retaliação de Teerã (Foto: EFE/EPA/NECATI SAVAS)

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O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, culpou nesta terça-feira (16) o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pelo ataque do Irã contra Israel no último fim de semana.

“Os principais responsáveis pela tensão que tomou conta dos nossos corações na noite de 13 de abril são Netanyahu e a sua administração sangrenta”, disse o líder turco, em um pronunciamento na televisão.

“Aqueles que permaneceram em silêncio durante meses sobre a atitude agressiva de Israel condenaram imediatamente a resposta iraniana. Mas é o próprio Netanyahu o primeiro que deve ser condenado”, afirmou Erdogan.

No sábado (13), o Irã realizou um ataque em resposta a um bombardeio (atribuído a Israel) ao consulado iraniano na Síria que matou um importante líder militar do regime dos aiatolás no início de abril.

Foram mais de 300 drones e mísseis iranianos, dos quais 99% teriam sido interceptados por Israel e forças aliadas, de países como Estados Unidos, Reino Unido e França. Apesar do ataque sem precedentes e da sua escala, ninguém foi morto e não houve feridos graves. Israel prometeu que haverá uma resposta, mas ainda não foi definido como e quando será isso.

Erdogan disse que o ataque ao consulado iraniano em Damasco desrespeitou as regras do direito internacional e “foi a gota d’água”.

O presidente turco é desafeto de Netanyahu e comparou o premiê israelense a Hitler e a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza contra o grupo terrorista Hamas, ao Holocausto.

Na semana passada, o governo da Turquia informou que restringiria exportações para Israel até que haja um cessar-fogo na guerra em Gaza, além do aumento do envio de ajuda humanitária ao enclave palestino.

Em resposta a esse anúncio, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que sua pasta prepararia uma “extensa lista” de produtos turcos a terem importação proibida por Israel e que também solicitaria aos Estados Unidos e a outros aliados para que “interrompam investimentos na Turquia e impeçam a importação de produtos da Turquia”.

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