Nova Iorque A tempestade tropical Ernesto perdeu força após passar por Cuba e chegou ontem à noite ao estado da Flórida (EUA) com ventos de cerca de 70 km/h. Ainda havia possibilidade, porém, de que Ernesto voltasse a ser um furacão, como ocorreu do mingo.
O presidente George W. Bush visitou ontem Nova Orleans, no dia do primeiro aniversário da passagem do furacão Katrina que deixou 1,5 mil mortos na região. Ele prometeu que Washington agirá melhor se outro desastre acontecer.
O risco de os ventos da tempestade Ernesto ultrapassarem 73 km/h levou o governo da Flórida a declarar estado de emergência. Postos ficaram sem combustível, com o aumento da procura. O saldo do Ernesto até ontem era de duas mortes no Haiti e 700 mil pessoas desalojadas em Cuba.
Os portos de Miami e Fort Lauderdale, na Flórida, fecharam por causa da rápida aproximação da tempestade tropical. Os portos de Savannah, na Geórgia, e de Charleston, na Carolina do Sul, estavam de prontidão para uma eventual interrupção das atividades.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos emitiu ontem um alerta de furacão para a região que vai da Geórgia até a Carolina do Norte. O temor é de que Ernesto volte a ser um furacão ao deixar o litoral nordeste da Flórida e retornar à costa leste dos EUA.
O temor, no entanto, diminuiu em relação à expectativa de segunda-feira. Isso fez com que o barril de petróleo fechasse abaixo de US$ 70 em Nova Iorque. Os contratos de petróleo encerraram o pregão de ontem com forte queda pela segunda sessão consecutiva.
Como a tempestade tropical Ernesto seguiu para a Flórida, foram poupadas as estações de petróleo da costa norte-americana do Golfo.
Furacão John
Outro furacão, no entanto, pode chegar à região nos próximos dias. Seu nome é John e já representa uma ameaça para o México, com ventos bem acima dos 100 km/h.