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Vazamento de informações

Erro em operação antiterror gera demissão de alto membro da Scotland Yard

Documento secreto vazou e levou à demissão do chefe antiterror da Scotland Yard | Reprodução / Daily Mail
Documento secreto vazou e levou à demissão do chefe antiterror da Scotland Yard (Foto: Reprodução / Daily Mail)

O alto membro da Scotland Yard que acabou, por uma distração, deixando que fosse fotografada informação confidencial, e atrapalhou investigação sobre um suposto plano "muito sério" da Al-Qaeda na Inglaterra apresentou nesta quinta-feira sua demissão, informou o prefeito de Londres, Boris Johnson.

Johnson afirmou que tinha aceitado a saída do subcomissário Bob Quick, um dos principais especialistas em terrorismo da Polícia Metropolitana de Londres (MET), com grande tristeza.

Quick, que tinha se desculpado pela falha a seus superiores, será substituído à frente das operações contra o terrorismo pelo subcomissário John Yates, segundo a agência de notícias local PA.

Doze homens foram detidos na noite de quarta-feira em uma série de batidas em uma ampla operação antiterrorista no noroeste da Inglaterra, que foram executadas antes do planejado por causa do vazamento.

De acordo com a agência Association Press (AP), as operações foram antecipadas após os agentes detectarem o vazamento de algumas informações de segurança.

Concretamente, o subcomissário Bob Quick, chefe de operações especiais da Scotland Yard, foi visto com documentos secretos ao chegar a Downing Street, residência e escritório oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown. Em alguns papéis que Quick carregava debaixo do braço, via-se claramente um branco com a palavra "secret" (secreto) escrita e referente a uma operação antiterrorista em curso.

Segundo a AP, a notícia, que não pôde ser publicada por motivos legais, continha nomes de autoridades policiais, lugares e detalhes sobre ameaças estrangeiras. Quick, que se reuniu na quarta-feira com Brown e com a ministra do Interior, Jaqui Smith, pediu desculpas pelo deslize, afirmou um porta-voz da Scotland Yard.

As operações foram realizadas pela unidade antiterrorismo do noroeste inglês, com apoio de agentes de três corpos da polícia dessa área, uma vez que há a revista de diversos imóveis. As detenções ocorreram em oito imóveis, afirmou a polícia de Greater Manchester.

"Atualmente, não podemos confirmar o endereço (dos imóveis que foram objeto da ação) ou qualquer outra informação relacionada com esta operação", afirmou uma porta-voz da Polícia de Greater Manchester.

Embora as forças de segurança não tenham oferecido mais detalhes, a rede pública britânica BBC informou que dez dos suspeitos são cidadãos paquistaneses com visto de estudante. A polícia fez revistas em um cibercafé de Cheetham Hill (Manchester), na Universidade John Moores de Liverpool e em uma pensão de Clitheroe (Lancashire).

Em imagens transmitidas pela BBC, vários agentes fortemente armados aparecem perto de uma pessoa caída no chão e aparentemente algemada. Segundo a rede Sky News, que citou "fontes não oficiais", trata-se de "uma operação antiterrorista muito grande" relacionada a "um grande complô ou vários complôs".

Um porta-voz da polícia de Greater Manchester citado pela BBC foi perguntado sobre se a operação tem ligação com uma ameaça terrorista no Reino Unido ou no exterior, e se limitou a responder que as forças da ordem reagiram na hora "apropriada".

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