A erupção do vulcão Cordón Caulle forçou nesta segunda-feira a retirada de moradores do Chile. Além disso, as cinzas atravessaram a Cordilheira dos Andes e alcançaram o Oceano Atlântico, provocando o fechamento de aeroportos na Argentina.
"A situação do vulcão segue como de uma erupção moderada, significando que vai haver uma coluna importante de fumaça e cinzas nas próximas horas", afirmou nesta segunda à Associated Press Enrique Valdivieso, diretor do Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomín).
O Cordón Caulle fica mil quilômetros ao sul de Santiago e 4 quilômetros ao norte do vulcão Puyehue, na região de Los Lagos. Sua última grande erupção ocorreu em 1960, pouco após um terremoto de magnitude 9,5, a mais alta registrada na história.
Vicente Núñez, diretor do Escritório Nacional de Emergência do Ministério do Interior (Onemi), disse que a prioridade hoje era "um novo chamado à população para que deixe suas casas". O maior perigo é ao norte do vulcão, na zona de Riñinahue, que poderia ser alcançada por avalanches de material vulcânico.
A violenta erupção começou no sábado, cobrindo de cinzas cidades argentinas como Bariloche e Neuquén, mas uma mudança no vento trouxe de volta as cinzas para o Chile no domingo. A Administração Nacional de Aviação Civil (Anac) da Argentina informou ontem que a nuvem de cinzas havia provocado o fechamento dos aeroportos de Bahía Blanca - ao sul da província de Buenos Aires - e San Carlos de Bariloche e Trelew, no sul do país.
Segundo a imprensa local, porém, também não operavam hoje os aeroportos de Neuquén, Viedma, San Martín de los Andes, Esquel, Comodoro Rivadavia e Puerto Madryn. Em Bariloche, escolas e escritórios da administração pública estavam fechados hoje.
As companhias Aerolíneas Argentinas e Austral informaram em comunicado que, por segurança, estavam suspendendo seus voos para vários destinos da Patagônia argentina, entre eles Bariloche, Chapelco, Esquel, Trelew, Neuquén e Viedma.
Do lado chileno, mais de 22 povoados foram esvaziados e mais de 3,5 mil pessoas estão em albergues ou em casas de familiares ou amigos. Muitas pessoas, porém, não quiseram deixar suas casas, temendo roubos. As informações são da Associated Press.
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