O governador de Nova Jersey, Chris Christie, afirmou ontem que ficou "constrangido e humilhado pela conduta de alguns membros de sua equipe" após a divulgação de e-mails e mensagens de texto que vinculam uma importante assessora de seu gabinete ao fechamento da ponte George Washington em setembro de 2013, causando um grande congestionamento. Christie disse que demitiu a assessora e pediu desculpas pelo episódio.
A ponte, que liga o Estado de Nova York a Nova Jersey, teria sido fechada por vingança ao prefeito democrata da cidade de Fort Lee, por não ter endossado o nome de Christie para a reeleição passada. A cidade foi a que mais sofreu as consequências do trânsito na época. O escândalo está sendo considerado o maior teste para a carreira política de Christie, considerado uma das promessas republicanas mais sólidas para recuperar a Casa Branca em 2016.
Conhecido como um homem franco e objetivo, que trabalhou para criar uma imagem pragmática e bipartidária de sua administração que contrastasse com o Congresso dividido, Christie primeiramente se recusou a acreditar na denúncia e negou que ele ou seu gabinete tivessem envolvimento com o fechamento.
Após os e-mails e mensagens de texto terem sido divulgados na quarta-feira, o governador de Nova Jersey cancelou compromissos públicos e horas depois emitiu um comunicado dizendo que ficou "ofendido e profundamente abatido" pelas revelações. Christie disse que foi enganado por uma importante funcionária de seu gabinete e negou qualquer envolvimento no assunto.
"Fiquei atordoado com a estupidez horrorosa mostrada pelo incidente", afirmou Christie, ao assumir a responsabilidade pelo que aconteceu. "Peço desculpas ao povo de Nova Jersey", desculpou-se e acrescentou que "não tinha conhecimento ou envolvimento no planejamento ou execução desta ordem".