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O regime cubano anunciou neste final de semana que não poderá garantir o fornecimento do pão subsidiado na cesta básica nos próximos dias devido à escassez de farinha de trigo que o país está enfrentando neste momento.
A ilha depende da importação de cerca de 80% dos alimentos que consome e está enfrentando atualmente dificuldades para receber os pacotes importados de trigo. O regime comunista culpa os embargos por esse problema.
Segundo o Ministério da Indústria Alimentar do regime comunista (Minal), apenas um dos cinco processadores de trigo do país está funcionando neste momento, produzindo apenas 250 toneladas diárias de farinha, muito abaixo das 20 mil toneladas mensais necessárias para produzir os pães que são distribuídos na cesta básica subsidiada.
"Nos próximos dias, enfrentaremos severas afetações na produção de pão em cada território, devido à instabilidade no fornecimento da matéria-prima", explicou Zaily Pérez Hernández, diretora comercial de uma empresa de moagem estatal, ao site Cubadebate, que é ligado ao regime de Havana.
O Minal afirmou que está buscando “alternativas” com outros organismos locais e com as pequenas e médias empresas privadas, que também importam farinha por conta própria. A pasta também pontuou que tentará reduzir o déficit de trigo usando produtos similares, que podem substituir 15% da farinha necessária para fazer o pão.
Segundo o presidente do Grupo Empresarial da Indústria Alimentar de Cuba, Emerio González Lorenzo, a situação deve se normalizar no final de março, quando se espera a chegada de dois navios com farinhas de trigo.
A crise do pão se soma à grave escassez de alimentos e medicamentos que afeta Cuba neste momento, assim como aos frequentes cortes de energia, à inflação galopante e à dolarização parcial da economia. Esses problemas são resultados das políticas econômicas e monetárias que foram adotadas pelo regime comunista de Miguel Díaz-Canel.
Ainda neste domingo (25), a companhia estatal Unión Eléctrica estimou que o país sofrerá nos próximos meses com apagões simultâneos em quase 32% do território por falta de combustíveis.