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Uma escola católica nova-iorquina despediu uma professora de ensino primário por ficar grávida sem estar casada, segundo informa nesta quarta-feira a imprensa local.

A demissão de Michelle McCusker aconteceu apesar de ser considerada pela escola uma professora com elevado grau de profissionalismo, assinalou a União de Liberdades Civis de Nova York (NYCLU), que apresentou em nome da docente um requerimento perante a Comissão federal de Igualdade de Oportunidades no Emprego (EEOC).

- Michelle McCusker foi despedida porque escolheu ter o bebê - destacou Donna Lieberman, diretora-executiva da NYCLU. Ela acrescentou que a decisão da escola Santa Rosa de Lima, no condado do Queens, é discriminatória e portanto ilegal.

A professora foi contratada por um ano em setembro e um mês após começar o curso, informou ao diretor da escola que estava grávida e teria o bebê. Dois dias depois, a direção lhe comunicou que dava por terminado o contrato por ter violado os princípios religiosos do centro escolar.

- Não entendo como uma religião que se orgulha de ser compassiva, pode me despedir porque não estou casada e escolhi ter a criança - declarou a professora.

A professora alega que é uma decisão discriminatória, pois não teria as mesmas conseqüências no caso de um homem.

Anna Schissel, diretora do Projeto de Direitos Reprodutivos em NYCLU assinalou que a escola despediu a mulher por uma relação sexual sem ter vínculo matrimonial.

- Mas nem a escola nem a diocese que administra a escola aplica essa política com os homens. Aplicar diferentes políticas a empregados homens e mulheres, é discriminação sexual clássica - acrescentou.

A diocese de Brooklyn, à qual pertence a escola, disse em comunicado que todos os professores devem ensinar a fé católica com suas palavras e obras.

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