Duas famílias da província de Zhejiang, na região central da China, são investigadas após os filhos informarem que são cristãos, em um formulário escolar.
De acordo com a ONG internacional Portas Abertas, que ajuda cristãos perseguidos pelo mundo, eles foram obrigados a preencher o documento e, com o conhecimento da direção institucional, os pais foram convocados para confirmar a informação e assinar uma declaração afirmando que não iriam ensinar sua religião em casa.
Uma das consequências de não assinarem o novo documento seria a expulsão dos alunos da escola pública.
Ainda segundo a ONG, a região onde o caso aconteceu é conhecida pelo aplicar testes para avaliar a aprovação da população sobre determinados assuntos com o objetivo de criar novas leis em todo o país.
Em abril deste ano, a organização compartilhou outro caso semelhante, no qual uma escola primária da cidade de Wenzhou enviou recados para famílias cristãs solicitando que eles não ensinassem princípios religiosos aos filhos. À época dos fatos, uma professora confirmou à ONG China Aid a situação.
Na declaração, os pais afirmam que “não professarão religião alguma, nem participarão de atividades religiosas ou disseminarão religião em lugar algum”.
Ainda, as famílias prometem seguir a disciplina do Partido Comunista da China e não se reunir em "cultos religiosos ilegais". Wenzhou é uma das cidades chinesas com o maior números de cristãos no país.
Em 2017, igrejas e acampamentos cristãos foram proibidos pelo ditador chinês Xi Jinping, que busca criar uma sociedade totalmente baseada nos valores do Partido Comunista da China. O país ocupa a 16ª colocação entre os países com mais perseguição ao cristianismo no mundo.
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