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“Todos vão morrer”

Escolas da França e Reino Unido são evacuadas após ameça

Pela terceira vez em uma semana, várias escolas parisienses, além de diversas instituições de Lyon (centro-leste da França) e do Reino Unido receberam ameaças anônimas nesta segunda-feira (1º), indicaram as autoridades.

Os alunos de três escolas de prestígio da capital francesa -- Condorcet, Henri IV e Louis-le-Grand -- foram levados a um local seguro na manhã desta segunda-feira, indicou o reitorado de Paris em sua conta oficial do Twitter. “A polícia está garantindo a segurança dos locais”, acrescentou.

Segundo a polícia, os centros educacionais receberam chamadas com ameaças às 8 horas locais (6 horas de Brasília). “Todos vão morrer”, disse a pessoa do outro lado da linha.

Várias escolas parisienses, entre elas as três desta segunda-feira, assim como o Liceu Francês de Roma, foram alvos de ameaças na semana passada. Em todas as ocasiões, a polícia não encontrou nada e os alunos voltaram às aulas.

Um cenário similar foi registrado nas mesmas datas, na terça e quinta-feira passadas, no Reino Unido, na região de Birmingham (centro).

Nesta segunda-feira, seis escolas da mesma região britânica de West Midlands e outras duas da cidade escocesa de Glasgow foram evacuadas devido a novas ameaças, segundo as autoridades locais. “Neste estado, nada aponta a uma ameaça crível contra qualquer uma destas escolas”, declarou o inspetor Colin Mattinson, da polícia de West Midlands.

Por outro lado, nesta segunda-feira foram recebidos pela primeira vez telefonemas ameaçadores contra instituições educacionais francesas de outras cidades. Seis escolas situadas em Lyon receberam às 8 horas alertas de bomba, indicou a prefeitura local.

França e Reino Unido, integrantes da coalizão contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, receberam ameaças em um vídeo de propaganda da organização divulgado neste fim de semana.

No vídeo de quase 8 minutos de duração, difundido por um braço mediático na província de Nínive (norte do Iraque) do grupo EI, cinco homens - entre eles um que se expressa em francês - executam com um tiro na cabeça prisioneiros com roupas de cor laranja, os quais apresentam como “espiões”.

O jihadista que fala em francês se refere aos inimigos do EI como “em plena ruína” e adverte que aguardem algo que os fará esquecer “o 11 de setembro - em Nova York - e os atentados de Paris”, em novembro de 2015.

Em seu número de novembro, a revista francófona de propaganda do EI, Dar-al-Islam, criticou os professores, acusados de “estar em guerra aberta contra a família muçulmana”, e convocou a “matá-los”.

O EI reivindicou os atentados de 13 de novembro em Paris, que deixaram 130 mortos e centenas de feridos.

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