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Antissemitismo

Escolas judaicas são alvos de disparos no Canadá

O premiê Justin Trudeau (em imagem de arquivo) disse que os ataques, que não deixaram feridos, contrariam a tradição do Canadá de “respeito a diferentes perspectivas” (Foto: EFE/José Méndez)

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Em mais um episódio de violência antissemita desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, duas escolas judaicas em Montreal, no Canadá, foram atingidas por disparos na noite de quarta (8) para quinta-feira (9).

Segundo informações da agência Associated Press (AP), funcionários das escolas identificaram buracos de bala no lado de fora dos edifícios quando chegaram para trabalhar pela manhã. Não houve feridos: os prédios estavam vazios no momento dos ataques, informou a polícia.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, criticou os ataques antissemitas em entrevista coletiva.

“Estamos vendo um aumento nas ameaças de violência [contra judeus]. Não somos assim como canadenses. Somos um país que se saiu melhor do que qualquer outro país na compreensão e respeito de diferentes perspectivas”, disse o premiê.

Na quarta-feira, Trudeau já havia alertado sobre o aumento de casos de antissemitismo e islamofobia no Canadá desde o começo da guerra. “Estamos vendo isso na TV todas as noites, estamos vendo isso em nossas mídias sociais e os canadenses estão sofrendo e clamando para que isso acabe”, declarou Trudeau à imprensa.

Segundo o jornal Montreal Gazette, nos últimos dias, duas instituições judaicas da Ilha Ocidental, também na província de Quebec, foram alvos de bombas e dispositivos incendiários foram deixados numa sinagoga em Montreal e num centro comunitário judaico próximo.

Na coletiva de Trudeau nesta quinta-feira, o primeiro-ministro de Quebec, François Legault, condenou esses atos e também um confronto entre grupos pró-Israel e pró-Palestina na Universidade Concordia, em Montreal, na quarta-feira.

“Não queremos ódio e violência em Quebec e não vamos tolerar isso. A mensagem deve ser clara: entendo que estamos vendo cenas horríveis na TV, mas temos que, em determinado momento, conseguir conversar uns com os outros com calma”, disse Legault.

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