O governo do Brasil quer um processo aberto e transparente para selecionar o próximo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse hoje o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. "Acho que é hora de abrir o processo", afirmou Tombini, em teleconferência com correspondentes estrangeiros. Os líderes globais iniciaram o processo formal para substituir Dominique Strauss-Kahn, que renunciou após ter sido detido em Nova York sob a acusação de abuso sexual.

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"Mais importante para nós agora é manter o princípio de que o cargo seja preenchido com base num processo de seleção muito transparente e amplo", acrescentou. A chefia do FMI tem historicamente sido reservada a um europeu, mas alguns países emergentes, como o Brasil, têm pedido que esta tradição seja quebrada.

"Pessoalmente não tenho nada contra geografia, mas o princípio (de um processo de seleção aberto) deve ser mantido", disse Tombini. "Esta é uma posição que temos apoiado há muitos anos." O critério deve ser baseado em mérito, acrescentou. "Mais importante agora é ter o princípio, mais do que falar sobre nomes específicos", disse.

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Moedas

As moedas de mercados emergentes, como o Brasil e a China, serão cada vez mais aceitáveis ao redor do mundo, considerando o crescimento de suas economias e indústrias financeiras, disse Tombini, na teleconferência. "A internacionalização de moedas, como o yuan e o real, no futuro é inexorável, tendo em vista o peso relativo dessas economias e de seus setores financeiros", afirmou.

"Então, nós veremos no futuro uma maior aceitação de moedas, como o real, o yuan e outras", acrescentou. Segundo Tombini, o uso da negociação bilateral entre real e yuan é possível, mas limitado. "Em relação à China, nós temos tido uma relação muito complementar até agora, no que diz respeito ao comércio exterior e investimento", destacou o presidente do BC.