Dois importantes ateus britânicos planejam uma emboscada legal para prender o papa Bento XVI durante sua visita à Grã-Bretanha por causa de sua suposta cobertura aos casos de abuso sexual ocorridos em instituições da Igreja Católica Romana.

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Os escritores Richard Dawkins e Christopher Hitchens afirmam que o papa deve ser detido quando visitar a Grã-Bretanha em setembro e que o pontífice deve ser julgado por "crimes contra a humanidade".

A dupla acredita que pode usar o mesmo princípio legal usado na prisão do ex-ditador chileno Augusto Pinochet quando ele visitou o país em 1998.

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O papa estará na Grã-Bretanha entre os dias 16 e 19 e setembro, quando visitará Londres, Glasgow e Coventry, onde vai beatificar o cardeal John Henry Newman, um teólogo do século XIX.

O Vaticano disse que o papa é imune a processos porque é um chefe de Estado, mas Dawkins e Hitchens afirmam que ele não poderá pedir imunidade diplomática porque, embora sua viagem seja classificada como uma visita de Estado, ele não é o chefe de um Estado reconhecido pela Organização das Nações Unidas.

Eles pediram aos advogados Geoffrey Robertson e Mark Stephens que preparem as justificativas para a ação legal.

Stephens disse que uma opção para Dawkins e Hitchens é fazer um pedido de detenção ao Tribunal Penal Internacional.

Dawkins, autor de "Deus: uma ilusão", disse que o papa é um homem cujo "primeiro impulso", quando descobriu-se que os padres haviam abusado de crianças, foi "encobrir o escândalo e condenar as jovens vítimas ao silêncio".

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