Uma escultura de Maurizio Cattelan que retrata o líder nazista Adolf Hitler rezando foi arrematada por US$ 17,2 milhões (R$ 61,3 milhões) neste domingo (8) em Nova York, um recorde mundial para uma obra do artista italiano.
A estátua de cera e resina feita em 2001 foi avaliada entre US$ 10 milhões (R$ 35 milhões) e US$ 15 milhões (R$ 53 milhões) .
O autor da obra, conhecido por ser provocador, contou que quis “destruí-la e que mil vezes mudou de ideia”.
O recorde anterior para uma peça de Cattelan era de US$ 7,9 milhões (R$ 28 milhões), por um trabalho sem assinatura que o representava emergindo da terra, leiloada em maio de 2010. O preço obtido neste domingo, incluindo os impostos, mais do que duplica esse valor.
A estátua de Hitler foi a principal peça da exposição temática intitulada “Bound to Fail” (“Destinado ao fracasso”), com 39 obras de arte moderna e contemporânea que exploram o tema do fracasso comercial, associado ao risco de testar as fronteiras da arte.
A peça já havia sido exposta durante uma retrospectiva da obra de Cattelan no museu Guggenheim de Nova York, em 2012,
“Foi uma venda difícil, um desafio”, disse, após o arremate, Loic Gouzer, vice-presidente da seção “Pós-guerra e arte contemporânea” da Christie’s, casa de leilão que montou a venda temática em Nova York.
“Os artistas plásticos quase nunca trataram do tema Hitler, ao contrário do cinema”, completou.
Para Gouzer, a escultura é “potente e extremamente desconcertante”, por isso, dificilmente teria sido vendida alguns anos atrás.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião