Os Estados Unidos têm a oportunidade de superar a divisão social e econômica existente no país através dos esforços pela recuperação das cidades arrasadas pela passagem do furacão Katrina. A declaração foi feita pelo presidente George W. Bush, nesta sexta-feira, segundo informou a rede CNN.
"Americanos de todas as raças e religiões foram comovidos por essa tempestade, que caiu sobre os cidadãos que já enfrentam dificuldades em suas vidas - os idosos, os vulneráveis e os pobres", disse Bush a uma multidão formada na Catedral Nacional de Washington. "E essa pobreza que tem raízes em gerações de discriminação e segregação que fechou muitas portas de oportunidade".
Junto com líderes religiosos e políticos das regiões afetadas pelo Furacão, Bush fez o discurso em uma data escolhida para ser o Dia Nacional das Orações pelas vítimas do Katrina.
"À medida que removemos os vestígios do furacão, vamos também nos livrar do legado da falta de igualdade", disse o presidente. "Enquanto reconstruímos lares e estabelecimentos comerciais, nós renovamos nossa promessa como uma lenda de igualdade e decência", acrescentou Bush.
No discurso, Bush também afirmou que os EUA sentem-se agradecidos pelo trabalho heróico da Guarda Costeira, bombeiros, médicos, enfermeiras e outras equipes que foram as primeiras a acudir as vítimas do Katrina. Ele disse ainda que o governo se compromete a manter os esforços de reconstrução.
"A destruição provocada por esse furacão está acima de qualquer controle humano, mas a restauração das comunidades afetadas e das vidas prejudicadas por sua passagem está em nossas mãos", afirmou Bush, que chegou a ser criticado por ter dado uma resposta lenta à devastação provocada pelo furacão.
Alarmado pelo temor de alguns conservadores com relação aos gastos para reconstruir as cidades após a tragédia, Bush disse estar confiante de que o orçamento é capaz de cobrir o custo dos serviços necessários. Ele prometeu encontrar maneiras contrabalançar os gastos.
- Vai custar o que tiver de custar - disse Bush sobre o esforço de reconstrução. -A questão vital é garantir que os custos serão sabiamente gastos e que vamos trabalhar com o Congresso para garantir que sejamos capazes de administrar nosso orçamento de uma maneira sábia, e isso vai significar reduzir outros programas - acrescentou.
Alguns republicanos conservadores do Capitólio estão cada vez mais preocupados sobre os custos crescentes da reconstrução das regiões destruídas pelo furacão na costa do Golfo do México.
Algumas estimativas colocaram o custo em mais de US$ 200 bilhões. A Casa Branca e o Congresso já conseguiram US$ 62,3 bilhões em fundos emergenciais para a região.
- Mas estou confiante de que vamos conseguir lidar com isso, e estou confiante de que vamos poder lidar com nossas outras prioridades. Vai significar que vamos ter que cortar os gastos desnecessários - explicou o presidente.
Bush deixou claro que aumentar os impostos não seria uma opção para ajudar a cobrir os gastos.
- Temos que manter o crescimento da economia e, portanto, não deveríamos aumentar os impostos - disse Bush.
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